De acordo com a reportagem, há duas semanas, a mãe de uma das vítimas, que não quis se identificar, está internada em estado grave no hospital e uma falsa assistente social ligou para a família. Por telefone, a mulher avisou que iam desligar os aparelhos da mãe dela, porque tinham outras pessoas para usar.
O alvo da quadrilha são os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no maior hospital público do interior do estado. Atualmente, 45 pessoas estão na UTI do hospital. Falsos funcionários pedem o depósito de R$ 1.500 para o pagamento de exames. Para chegar às famílias, os golpistas usaram informações confidenciais do próprio hospital.
Segundo José Manoel Moreira, presidente da Fundação Municipal de Saúde de Campos, os golpistas ligaram para o hospital e se passaram por funcionários da Central de Regulação do Estado. Os funcionários do hospital então passaram todas as informações dos pacientes que foram pedidas, porque era prática comum. Ele disse ainda que o hospital não faz nenhuma cobrança.
A tentativa de extorsão foi descoberta quando uma das vítimas desconfiou da história e procurou a direção do hospital. A partir daí, outras denúncias foram surgindo. Ninguém chegou a fazer o depósito. Esse mesmo golpe já teria sido aplicado nos estados de Santa Catarina e São Paulo.
Algumas vítimas procuraram a polícia nesta quarta-feira (8) e ainda nesta quinta (9), os advogados do hospital vão fazer o mesmo. Ainda de acordo com o presidente da Fundação Municipal de Saúde, o processo de repasse de informações de paciente vai continuar sendo feito pelo telefone. O que vai mudar são os critérios, que vão ser mais rigorosos e agora vão exigir identificação completa de quem tiver ligando.
Fonte: G1
Fonte: G1
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