Produtor explica impactos da extinção abrupta das queimadas em Campos.

Corte de cana  queimada
Após um impasse criado no setor depois que a Justiça Federal deferiu liminar requerida pelo Ministério Público Federal, proibindo que usinas da região recebam cana-de-açúcar com palha queimada. A situação ficou extremamente delicada. 

Nesta segunda-feira (27) está sendo realizado um ato público, na principal praça da cidade, onde os produtores representados pela Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan) participam de um debate sobre a Lei Estadual 5990/2011, que versa sobre a eliminação gradativa da queima da cana-de-açúcar até 2024. Participam do evento algumas autoridades.

Em entrevista ao Momento Verdadeiro, o senhor Assis Inojosa, que atua no setor há 30 anos explica de maneira resumida alguns pontos importantes que envolvem o futuro.

Explicações do empresário.

Os produtores rurais conseguiram através da assembleia do estado do Rio, aprovar uma lei, que regula o fim das queimadas, gradativamente, pois requer investimentos e adaptação dos plantios para mecanização da colheita.

O Brasil todo queima cana, pois os cortadores não querem cortar crua, afinal a cana sem queimar tem muito pico e pode ter animais peçonhentos. Os produtores estão descapitalizados e o invetimento em plantios novos,compra de máquinas e equipamentos são altos.

A assembleia dos deputados aprovou por unanimidade uma lei específica para a extinção das queimadas, posto que passou pelo crivo dos ambientalistas. São Paulo é onde os produtores e industriais (usinas) são mais capitalizados e mesmo assim ainda queimam cana.

A queima tem que ser reduzida gradativamente para que possamos realocar os seres humanos que trabalham no corte.  Não podemos excluir milhares de pessoas do seu trabalho de forma abrupta.

Por: Washington Luiz - colaborou Assis Inojosa, empresário do setor açucareiro. 

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