Campos está entre as 10 cidades que mais demitiram em outubro.


Campos dos Goytacazes está entre as 10 cidades que mais demitiram em outubro. Quase 40 mil brasileiros foram demitidos no mês passado, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A informação foi divulgada pelo telejornal RJ-TV, da InterTV, filiada da TV Globo.

Segundo a reportagem, no mês passado houve 4.665 demissões contra 3.121 admissões. E os setores que mais puxaram os índices negativos foram o da Construção Civil e Agropecuário. Na construção civil, 1.131 operários deram baixa na carteira em outubro e 577 foram contratados, ou seja, pela primeira vez, a diferença com saldo negativo foi quase duas vezes maior. De acordo com especialistas, os motivos vão da instabilidade nas lavouras, causada pela seca, até o envolvimentos das grandes empresas em escândalos.


O resultado mensal foi o pior em 15 anos. Para os especialistas, o que aconteceu em outubro não foi algo isolado. Escândalos políticos, seca, copa do mundo e eleição são fatores decisivos, mas não únicos na explicação para o número tão alto de demissões.

Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Construção Civil, José Carlos Eulálio, o fato é uma surpresa, já que demissões dificilmente acontecem nessa época, próxima às festas de fim de ano. "Neste ano infelizmente estamos tendo essa demobilização em todo setor Norte. Em outras regiões isso não está acontecendo", disse.
Uma das explicações é o envolvimento de grandes empresas em escândalos políticos, como o da Petrobrás. "As empresas são abaladas, acerretando em demissões", afirma José Carlos.

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A instabilidade se repete nas lavouras. O prejuízo da seca atingiu diversas produções, como a da cana-de-açucar. Em Campos, a agropecuária demitiu mais de 860 pessoas, 97% a mais do que no ano passdo. Campos foi a décima cidade brasileira que mais demitiu em outubro.

Segundo a Economista Ana Cristina Coelho, o baixo crescimento econômico deve se repetir em 2015. "Nós já estamos em uma recessão técnica, embora tenha havido uma pequena melhora no índice de crescimento industrial", explica. A expectativa é que as festas de fim de ano sejam uma saída para a situação de trabalhadores e empresas em crise.

Com informações do G1.



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