Processo de criança com paralisia cerebral desaparece SMSCG.


Processo de criança com paralisia cerebral desaparece na Secretaria de Saúde de Campos dos Goytacazes. Caso repercutiu na Câmara de Vereadores. Governistas e oposicionistas fizeram desabafos e revelações na tribuna, informa o jornalista Alexandre Bastos, da Folha da Manhã.

“Tenho vergonha quando vejo certas coisas. Os responsáveis devem ser exonerados, punidos e o caso precisa ser investigado até pela polícia”, disse o vereador Gil Vianna, presidente da comissão dos Direitos de Pessoas com Deficiência. Já o vereador Mauro Silva (PT do B), líder do governo na Câmara, chegou a falar na necessidade de um “choque de gestão para toda a Saúde”.

De acordo com a reportagem, o caso em debate foi relatado pela Flávia Faria, mãe da Juliana Faria Mendonça, de oito anos. Segundo Flávia, a situação é desesperadora. Na última terça-feira (14), durante a sessão, o vereador Fred Machado (SD) levou o tema ao plenário. “Não podemos aceitar este tipo de situação. Como um processo pode desaparecer? Espero que providências sejam tomadas e vou lutar para que isso ocorra. O grito dessa mãe precisa ser ouvido”, disse Fred, que foi aparteado por diversos vereadores.
Na visão do vereador Marcão (PT) a fase dos pedidos já foi ultrapassada e que agora é hora de exigências. “Acho que não cabe mais fazer pedidos. Estamos exigindo que essa situação seja resolvida imediatamente. Não podemos aceitar esse descaso nesta cidade com orçamento bilionário, que gasta milhões com shows e passagens aéreas”, frisou Marcão.

Primeiro secretário da Câmara e membro da bancada governista, o vereador Abdu Neme (PR), que é médico, prometeu tomar providências. “Esse processo vai ter que aparecer. Eu não aceito e a prefeita também não tolera uma situação deste tipo. Posso ir à secretaria de Saúde ao lado do vereador Fred Machado para buscar a solução para este caso”, disse Abdu.

Líder do governo na Câmara, o vereador Mauro Silva (PT do B) disse que a prefeita não vai medir esforços para resolver a situação. Ao mesmo tempo, reconheceu que a “Saúde precisa de um choque de gestão”.

Posteriormente, o parlamentar leu a resposta da assessoria de comunicação da secretaria de Saúde.”Fomos informados que a mãe sempre recebeu o transporte para o Rio e também contou com uma ajuda de custo de R$ 1,9 mil. Posteriormente, não esteve na secretaria para renovar. Sobre a cadeira de rodas, o processo segue o fluxo normal e já está em sua fase final de licitação”, disse Mauro, lembrando que a Saúde engloba outras esferas.

“Sinto vergonha com essa situação”, diz Gil

Membro da Comissão dos Direitos de Pessoas com Deficiência, o vereador Gil Vianna declarou estar envergonhado. “Sinto vergonha ao ver esse tipo de situação. O caso da Juliana não é isolado. Existem outros iguais em várias partes da cidade. Quando um processo some, os responsáveis devem ser punidos. Não podemos continuar calados. Tive uma luta semelhante com a minha filha, estou sempre ao lado de instituições como Apae, Apoe e Apape. Sinceramente, precisamos rever nossas posições aqui nesta Casa. Nós passamos, mas nossas ações nesta legislatura podem gerar grande mudanças para as pessoas”, desabafou.

O vereador Albertinho (Pros) também comentou sobre o caso: “Conheço a mãe da Juliana e acompanho este caso de perto. Ninguém vai ser preso se dispensar licitação para salvar uma vida. Nesses casos a burocracia precisa ser atropelada e as vida valorizada”, disse Albertinho.

Mãe faz cobrança – Após a sessão de ontem, diante da repercussão do caso, a mãe de Juliana disse que “é preciso ir além das palavras”. “Estou cansada de promessas. Espero que os vereadores lutem pelos direitos da minha filha e que este caso tenha um final feliz. E torço também para que outras mães não passem pela mesma situação desesperadora”. Clique Aqui e Leia Mais Notícias. Curta o M.V no Facebook e siga no Twitter. (Fonte: Folha da Manhã).

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