'Nutrindo' queria usar pacientes para receber da Prefeitura de Campos, diz promotor.

De acordo com o promotor da Tutela Coletiva do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE/RJ), Marcelo Lessa, a Prefeitura de Campos dos Goytacazes está isenta de qualquer culpa com relação ao não repasse de verbas à empresa que presta serviços de Home Care ao município. “A prefeitura está correta em não pagar aquilo que não lhe prestam satisfatoriamente contas relativas à comprovação dos serviços prestados pelos quais estão sendo cobrados, tendo o dever de dosar a prestação de contas e havendo dúvidas contra a idoneidade dos serviços declarados, a obrigação de auditar as contas”, explica o promotor.

Acompanhado do vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão e do Procurador do Município, Matheus da Silva José, Marcelo Lessa concedeu uma coletiva onde foi desmembrado o assunto. Segundo o promotor, a empresa pretendia fazer dos pacientes assistidos uma “massa de manobra” para receber da Prefeitura de Campos. Ele ainda ressaltou que a responsabilidade para com os enfermos é da empresa, já que os pacientes são entregues pelo Poder Público por contrato à empresa que se obriga, perante o município, a prestar assistência num nível de atendimento de cada paciente.

Conforme noticiou o jornal 'Ururau', a empresária e dona da empresa “Nutrindo” SID – Serviço de Internação Domiciliar LTDA-ME, que chegou a ser presa em flagrante durante a madrugada desta quarta-feira (10/12), por crime permanente de abandono de incapaz, pagou a fiança, estipulada em 10 salários mínimos (em torno de R$ 7 mil) e saiu da carceragem da 134ª Delegacia Legal (Centro), por volta das 16h.

Cerca de 10 familiares de assistidos pelo Home Care foram ao MPE com a informação de que técnicos de enfermagem e por orientação da empresa, não mais trabalhariam a partir daquele dia. Após a denúncia, Lessa, acompanhado da delegada adjunta da 134ª DL, Natália Patrão e de agentes civis foram até três das 10 residências dos pacientes: Parque Prazeres, Centro e Fazendinha, onde foram constatadas as negligências.

Com informações do jornal Ururau.

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