Pacientes em Campos dormem no chão para marcar consultas.


Campos dos Goytacazes - Os transtornos para marcar consultas em hospitais da rede pública de saúde prosseguem. No fim da madrugada desta segunda-feira (13), as pessoas são vencidas pelo cansaço e dormem no chão e alguns deles vão preparados para enfrentar mais de horas em filas para marcação de consultas e exames. Quem está acostumado com essa situação se revolta e denuncia até venda de lugares na fila.

No Hospital Álvaro Alvim, além do problema com as filas, pacientes reclamam da dificuldade de ir ao banheiro. A doméstica Lenilda Nogueira contou que ficou mais de dez horas sem ir ao banheiro e foi impedida de entrar no hospital para usar o sanitário. No Hospital Beneficência Portuguesa a fila também estava longa nesta segunda-feira. Pessoas de localidades e distritos de Campos reclamam da situação e denunciam que chegaram ao local às 15h do dia anterior e não conseguiram atendimento às 8h do dia seguinte.

No Hospital Plantadores de Cana também tinha fila na frente. Na Santa Casa de Misericórdia de Campos, as senhas começaram a ser distribuídas antes das 6h. Na porta havia um aviso fixado com as vagas disponíveis. Revoltada, a Dona de Casa Ana Lúcia dos Santos disse que foi orientada por funcionários do hospital para que dormisse na fila. "Acho uma humilhação. Estamos ao relento pior que um animal. A Saúde em Campos não existe", disse.
OUTRO LADO.

Em nota, o Hospital Escola Álvaro Alvim lamentou a situação de dificuldade de acesso às marcações de consulta da população, mas deixou claro que este serviço é prestado exclusivamente pelo Núcleo de Controle e Avaliação da Prefeitura de Campos, que possui três guichês para este atendimento dentro do Hospital, sendo que todos os funcionários do setor são contratados e geridos pela Prefeitura, não tendo o Álvaro Alvim, gerência sobre este trabalho. "Informamos ainda que, apesar do setor possuir três guichês para atendimento, nem sempre os mesmos estão funcionando na sua totalidade", relatou.

As respostas dos outros hospitais, citados na matéria, foram semelhantes ao Álvaro Alvim, onde destacaram que o serviço deve ser prestado pelo Núcleo de Controle e Avaliação da Prefeitura de Campos.

Já assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde afirmou que, "algumas especialidades médicas como angiologia representam uma dificuldade em todo o país, em razão da carência desses profissionais no mercado. A Prefeitura de Campos realizou concurso público para diversas áreas e convocou mais de 3 mil profissionais. Além disso, houve um aumento significativo de produção de consultas, saltando de 370 mil em 2008 para 912 mil em 2013. O acolhimento dos pacientes é de responsabilidade dos hospitais particulares contratualizados e isso inclui oferecer assentos, bebedouros e organizar filas", disse. Clique Aqui e Leia Mais NotíciasMomento Verdadeiro no Facebook e no Twitter. (Do G1 Norte Fluminense com informações da Inter TV).

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